Jovem de 13 anos é uma das promessas do vôlei sentado

Convocada pela primeira vez para a seleção brasileira de base de vôlei sentado, a atleta Maria Clara de Souza Silva, de apenas 13 anos, mostrou força e habilidade durante a 2ª Semana de Treinamento, que aconteceu de 5 a 12 de março, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.

A jovem iniciou no vôlei sentado com dez anos de idade, quando foi apresentada a modalidade por um atleta da seleção principal. “No local onde faço minha prótese, tinha um atleta da seleção que me apresentou a modalidade. A partir daí, fui treinar na Escolinha do Sesi, em Suzano. Logo após isso veio a pandemia e tive que parar de jogar”, disse Maria Clara.

De volta aos treinos, a jovem recebeu a convocação para a seleção brasileira de base e contou a experiência. “Está sendo uma experiência muito boa. Estou aprendendo novas habilidades, conhecendo pessoas e em um novo lugar. Está sendo superlegal”, falou entusiasmada.

Maria Clara também revelou a emoção de poder conhecer e assistir os treinos da seleção feminina principal, atuais campeãs do mundo. “É muito bom treinar ao lado delas, mesmo que não seja junto, só assistir o treino delas é uma grande inspiração. Espero continuar com a carreira porque é uma coisa que gosto muito e tenho certeza de que faço bem”, finalizou.

História

Tendo a perna amputada aos sete anos de idade, devido a um câncer, a atleta contou sua história. “Em junho de 2016, cai brincando e quando fui levantar não tinha sustentação na perna direita, ela não estava funcionando. Conseguia mexer, mas não tinha como andar. Fui para casa pulando e falei para minha mãe, que me levou para o hospital. Lá descobrir que era um câncer na tíbia. Procurei outro hospital, fiz outros exames e foi confirmado”, revelou Maria Clara.

Após o diagnóstico, a jovem iniciou o tratamento. “Passando uma semana da queda, iniciei a quimioterapia. Após cinco meses do diagnóstico, fiz a cirurgia de amputação e passei mais seis meses fazendo a quimioterapia. Três meses após a amputação comecei a usar prótese. Depois disso, voltei a ter uma vida normal”, contou.

O vôlei sentado conta com o patrocínio oficial das Loterias Caixa e da Audi Brasil.

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