A 2ª Fase de Treinamento 2021 da Seleção Brasileira Feminina de Voleibol Sentado foi concluída neste final de semana. De 21 a 28 de fevereiro, o time esteve no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro treinando diariamente em dois turnos com o objetivo de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio deste ano.
A Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) deu todo o suporte necessário para que os trabalhos pudessem acontecer da melhor forma possível. Para o técnico da seleção feminina, Agtonio Guedes, o momento foi produtivo: “Foi excelente! A gente conseguiu fazer treze seções de treinamento em quadra. Não tivemos nenhuma quebra, dosamos o volume e a intensidade de uma forma que todas as atletas chegaram ao final com uma boa condição física e dando excelentes respostas para as questões técnicas e táticas. Tudo isso foi muito importante durante a semana para a fixação dos novos conceitos de jogos e táticos”.
A capitão do time, Nathalie Filomena, diz que a semana foi bastante produtiva para todas as jogadoras: “Foi muito produtiva, mesmo tendo poucas meninas nesta fase. Aprendemos bastante coisa, evoluímos da fase anterior e estou muito feliz com o desenvolvimento da equipe”, conta.
A jogadora Adria está confiante de que o Brasil irá subir no pódio: “É gratificante ver o empenho de toda a equipe em um único objetivo que é a medalha de ouro em Tóquio. E, a cada fase de treinamento, a gente vê a evolução de cada atleta tornando esse sonho cada vez mais próximo”, conclui.
Fisioterapia
Durante toda a semana de treinos, as atletas também foram acompanhadas pela fisioterapeuta Ana Lima Ferreira. “A minha participação é muito de observar a biomecânica do corpo delas em quadra e interagir com os técnicos sobre a dificuldade que elas estão tendo. Aí, eu penso em estratégias que posso fazer na fisioterapia pra melhorar o desempenho em quadra. Estamos voltando aos trabalhos depois da pandemia, então, temos que ter muito cuidado para não dar uma intensidade e volume de treino muito alto porque podem lesionar e não conseguir recuperar”, explica.
Antes de iniciar cada treino com bola na quadra, as jogadoras faziam o aquecimento em circuito elaborado pela fisioterapeuta. “Ele tem o objetivo de prevenir lesões. É uma parte educativa também porque todo o exercício a gente conscientiza que elas façam nos seus respectivos clubes e/ou em casa; comprem as faixas elásticas, rolos miofaciais porque são exercícios extremamente importantes para manter a mobilidade, flexibilidade, força, de forma muito estratégica e direcionada pro vôlei sentado”, conta Ana Ferreira.
Após a academia, as meninas também puderam usufruir das piscinas para recovery – onde é feito o trabalho de recuperação muscular pós-treino. “Como elas têm uma carga de treino intensa, a musculatura sente muito. Portanto, quando fazem o resfriamento de cinco a 20 minutos numa temperatura de 9 ºC e, em seguida, vão para uma piscina de 18 ºC e, logo depois, para outra aquecida a cerca de 35 ºC, é extremamente relaxante. E, nesta última, é feito um trabalho mais individualizado”, esclarece a fisioterapeuta da seleção.
Em abril, a seleção feminina volta à São Paulo para a 3ª fase!